A alguns dias sempre que saio pela manhã chego à esquina e o semáforo está no verde e quando saio da academia que é na próxima quadra novamente isso acontece. Na verdade o estranho que isso acontece sempre, mas tem me feito pensar em como minha vida pode estar sendo temporalizada pelo semáforo. É tão estranho ser regulado por um sistema que foi desenvolvido para os carros sabendo que o ser pedestre existe a muito mais tempo. Será que o tempo das pessoas quando não havia carros e semáforos eram regulados por seus passos? Esses passos que podem conter outros passos e andar em sintonia que podem nos mover alguns quilômetros no dia. Infelizmente às vezes nossos passos não são o bastante para abarcarmos distâncias grandes, ou pelo menos assim o são com nossa razão. Penso se algumas pessoas não são reguladas por seus passos de sonhos permitindo que flutuem com sorrisos no rosto.
Porém, o que me tem encucado não são os passos que sempre nos temporalizaram de diferentes formas, mas sim, o semáforo que tem cortado o caminho que nossos passos nos levam. No meu caso pela manhã param minha ida egoísta a academia que fica a uns 200m da entrada do prédio onde moro, não chega a atrapalhar, mas penso em quem tem que atravessar a cidade toda parando em muitos semáforos iguais que impedem o pedestre de continuar a fazer o que os seus pés e, de seus ancestrais, fazem a milhões de anos. O mais irônico disso tudo é que corremos risco do nosso coração parar também por causa de um semáforo que pode não ser respeitado por aquele pedestre que agora está dentro daquela recente caixa com rodas combinada com uma combustão.Na verdade acho que parei pra pensar isso enquanto caminhava sem sair do lugar na academia, porque pensei nos passos que dou com a cabeça. Em como às vezes precisaria desses semáforos, que tanto me perturbam na caminhada real, para as viagens quilométricas que faço com a cabeça. Caminhos que ultrapassam a distância que queria poder percorrer com meus pés em pouco tempo para estar perto das pessoas que amo.
Porém, o que me tem encucado não são os passos que sempre nos temporalizaram de diferentes formas, mas sim, o semáforo que tem cortado o caminho que nossos passos nos levam. No meu caso pela manhã param minha ida egoísta a academia que fica a uns 200m da entrada do prédio onde moro, não chega a atrapalhar, mas penso em quem tem que atravessar a cidade toda parando em muitos semáforos iguais que impedem o pedestre de continuar a fazer o que os seus pés e, de seus ancestrais, fazem a milhões de anos. O mais irônico disso tudo é que corremos risco do nosso coração parar também por causa de um semáforo que pode não ser respeitado por aquele pedestre que agora está dentro daquela recente caixa com rodas combinada com uma combustão.Na verdade acho que parei pra pensar isso enquanto caminhava sem sair do lugar na academia, porque pensei nos passos que dou com a cabeça. Em como às vezes precisaria desses semáforos, que tanto me perturbam na caminhada real, para as viagens quilométricas que faço com a cabeça. Caminhos que ultrapassam a distância que queria poder percorrer com meus pés em pouco tempo para estar perto das pessoas que amo.