quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Tensão

Escolho uma hora pra pensar na vida, infelizmente a hora errada, pois me tira o sono. Não sei o que sinto direito, apenas parece que um nada me consome. Tenho medo do que há de vir e não consigo me fazer entender e, nem ao menos, consigo entender os outros.
O nada me tira do eixo, me deixa perdido, me sacode, me perturba e me dá medo... sei que ele está a expreita do que virá e não consigo deixá-lo, remediá-lo.
Algumas coisas se resolvem bem outras não, mas do que interessa isso se a dor é minha e de mais ninguém... acho que o nada é o sentir o abandono, é me ver sozinho em meio ao todo. Algumas coisas nem sei mais se existiram...
Fico tenso com isso e com o que pode vir ou não vir.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Lembranças para guardar nos relicários...

É tão estranho que as imagens que vemos, o que elas nos fazem sentir sejam um momento efêmero. Mesmo que guardado em nossa memória esse momento ele não poderá ser revivido como aquele dia que o vivi.

Posso incluir aos relicários aquele garoto que equilibra um grande peso sobre o pescoço e que faz piadas fora da lógica comum. Além dele, quero guardar um relicário com aquela moça baixinha com dentinhos da Madonna.

Hoje assisti pela janela aqueles que amo sorrindo, sei que essa imagem é efêmera, mas gostaria que não o fosse, talvez em sonhos possa revivê-las do mesmo modo. Mesmo que quando acorde saiba que foi apenas um sonho.

Quando olhar pela janela, naquele lugar distante lembrar-me-ei de como era estar olhando do lado de fora, tentando captar momentos, transformando imagens efêmeras em lembranças que não quero perder... Também não quero perder nenhum desses relicários onde guardo o amor que sinto por essas pessoas únicas e as lembranças que quero reviver, mesmo que nelas não chegue a ter um décimo do que tive no momento que ocorreu.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Continuam os relicários...

Entendam por favor, não é fácil escrever dos relicários que carrego, eles tem um peso que não se explica. Talvez nunca acabe de escrever sobre eles. Sei que há outros junto do meu peito, ou que talvez o meu coração já tenha se tornado um relicário. Carrego ainda comigo a faceirice de um sotaque gaúcho com mineiro, a leveza da moça que flutua quando caminha, a nostalgia de um amor sincero e a moça que luta por direitos. Nesse meu sonho um relicário poderá ser deixado de lado no momento, pois estarei perto daquela com expressões que só ela conhece.

Ainda preciso dizer, que a relicários de pessoas que estiveram comigo quando precisei, sem a necessidade de fazerem isso por mim, aquele amigo que quando fala se torna lindo.

Há um relicário especial, daquele amor que me fez esquecer os outros amores e o qual quero continuar carregando, pois não quero esquecê-lo. Talvez amigo agora, mas que me conhece como ninguém.

Os nossos caminhos se perdem quando conquistamos o direito de sonhar, mas não se perde o que sentimos, queria não precisar carregar esses relicários, não pelo peso, esse não me importo de fazer o esforço para carregá-los junto ao peito, mas porque gostaria de ter todos junto de mim.

Quando isso acontecer sei que estarei sonhando... Mas também os amando...

Não deixem de ser meus relicários, pois quando chover quero me deitar no sofá e imaginar que tomo banho de chuva com vocês, pois vou para a terra da garoa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Um Relicário de Amigos...

Um dia um sonho se fez presente na minha vida, mas não queria que esse fosse real. Queria levar meus amigos comigo a todo lugar que fosse, assim como no sonho, meus amigos iam. Queria ter um pedaço de cada um como relicário do amor que temos pra poder sentir quando precisasse, iriam ser levados num cordão ao meu pescoço e nunca sentiria medo nas minhas aventuras. Poderia rir de coisas que só riríamos juntos e não me sentira um peixe fora d’água. Poderia desabafar a qualquer instante com a certeza de que eles estariam me apoiando ou me mostrando a mão em sinal de represália. Mas sei que nunca deixaremos de nos amar, mesmo que outros sentimentos venham a nos distanciar eles ainda seriam o amor da minha vida, aqueles que eu nunca esquecerei. Lembrarei das garrafas carregadas em baixo do braço com o sorriso maroto. Do vulto cor de rosa que transforma tudo em diversão. Das reclamações existencialistas que me arrancavam gargalhadas. Das conversas filosóficas. Do não querer perder no jogo. Dos beijos trocados ao luar num prédio antigo, apenas como sinal de carinho. Da alma leve do vulto pretinho com sua mãozinha juntando todos nós.

Isso é o amor que preciso... e que não se perderá.