Entendam por favor, não é fácil escrever dos relicários que carrego, eles tem um peso que não se explica. Talvez nunca acabe de escrever sobre eles. Sei que há outros junto do meu peito, ou que talvez o meu coração já tenha se tornado um relicário. Carrego ainda comigo a faceirice de um sotaque gaúcho com mineiro, a leveza da moça que flutua quando caminha, a nostalgia de um amor sincero e a moça que luta por direitos. Nesse meu sonho um relicário poderá ser deixado de lado no momento, pois estarei perto daquela com expressões que só ela conhece.
Ainda preciso dizer, que a relicários de pessoas que estiveram comigo quando precisei, sem a necessidade de fazerem isso por mim, aquele amigo que quando fala se torna lindo.
Há um relicário especial, daquele amor que me fez esquecer os outros amores e o qual quero continuar carregando, pois não quero esquecê-lo. Talvez amigo agora, mas que me conhece como ninguém.
Os nossos caminhos se perdem quando conquistamos o direito de sonhar, mas não se perde o que sentimos, queria não precisar carregar esses relicários, não pelo peso, esse não me importo de fazer o esforço para carregá-los junto ao peito, mas porque gostaria de ter todos junto de mim.
Quando isso acontecer sei que estarei sonhando... Mas também os amando...
Não deixem de ser meus relicários, pois quando chover quero me deitar no sofá e imaginar que tomo banho de chuva com vocês, pois vou para a terra da garoa.